(foto: Cerrado de Minas, primavera 2010)
Nascer da Dor
Ninfa Parreiras
Ninfa Parreiras
Como nascer de novo
Se o véu da tristeza
Cobre-te de dor?
A natureza nos ensina:
Há flores
Que brotam da dor
Embora, despedem-se:
A chama da vida
A lama do verão
Seca vem
Poeira chega
Sol derrama
Coberto de luto
Levam a vida
Entre luz e calor
Banho de folhas
Caem, seguem
Pelada, em ossos
Plumagem de flores
Ouro derramado
Pelos troncos
Cachos dourados
Luzem ao sol
Flores crescem
Brilham horizontes
Renascem
Outra vida
Novos cantos
Dar voz à saudade
Sua generosidade
A caminho do tempo
Da floração.
Isabela Erthal de Carvalho e família: recebam minha gratidão e solidariedade