Tapetes ao Sol
Ninfa Parreiras
Cedo tarde a luz chega
Caminha lenta, e tenta
Em ruídos, nos inunda de emoção
Nos faz chorar
Nos faz acordar
Para os tecidos da vida
Em Marrocos
Os tapetes descansam ao sol
Galeria a céu aberto
Conjugam o deserto
As especiarias
Vida e morte
Na praça
Há lugar para todos
Desdentados, artesãos
Moças, véus
A praça acolhe a gente
Ilumina a solidão
Promete mais dias de cores
Transforma o feio em beleza
Faz das frutas
Natureza viva
Toma o abandono
Abraça o amanhã.
(foto: arquivo pessoal, do deserto, Marrakech, 2010)