MINAS, DA JANELA
Vejo os rios correrem
Para onde?
Os dias escorrerem
Pelas pedras?
As carroças discorrerem
Pelas ruelas?
Os casarões escorregarem
Pelas ladeiras?
Minas de lá e daqui
Soltas nas esquinas do tempo
Minas cabe na janela?
Do outro lado da rua
A espreitar os bondes que não existem
Minas cabe na mala?
Pão de queijo, roça, trem de ferro
Rios doces, mar de serras
Minas cabe num cartão postal?
Pedra sabão, desliza o tempo
As paredes infinitas das montanhas
Minas cabe no porão?
Papéis desbotados
Fechaduras emperradas
Minas cabe?
Onde chega o silêncio
Como falam as lembranças
Minas cabe
Nas palavras todas
Pintadas de Barroco
Minas cabe
Nos incontáveis dias
Sem Minas
Minas cabe
Hoje
Agora
São quinze horas
De um dia de outono
Cabe Minas aqui.
(foto: arquivo pessoal, Um janela de Tiradentes, 2008)
Vejo os rios correrem
Para onde?
Os dias escorrerem
Pelas pedras?
As carroças discorrerem
Pelas ruelas?
Os casarões escorregarem
Pelas ladeiras?
Minas de lá e daqui
Soltas nas esquinas do tempo
Minas cabe na janela?
Do outro lado da rua
A espreitar os bondes que não existem
Minas cabe na mala?
Pão de queijo, roça, trem de ferro
Rios doces, mar de serras
Minas cabe num cartão postal?
Pedra sabão, desliza o tempo
As paredes infinitas das montanhas
Minas cabe no porão?
Papéis desbotados
Fechaduras emperradas
Minas cabe?
Onde chega o silêncio
Como falam as lembranças
Minas cabe
Nas palavras todas
Pintadas de Barroco
Minas cabe
Nos incontáveis dias
Sem Minas
Minas cabe
Hoje
Agora
São quinze horas
De um dia de outono
Cabe Minas aqui.
(foto: arquivo pessoal, Um janela de Tiradentes, 2008)