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sexta-feira, 3 de abril de 2009

Tudo descansa


TUDO DESCANSA


E quando a terra dorme?
A chuva descansa?
A mata desaparece?

A trilha é leve
O ruído é baixo
A revoada serena

Leve é a vida?
Regada de folhas
De contos

De matos de selvas
De atos de relvas
De aves vezes

Suspiros sorrisos
Cochilos piscadelas
Sonos e sonhos
Nossa história não dorme
Surgem palavras
Crescem seis meses

Brotam saudades
Nascem olhares
Fica o desejo.

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Ninfa Parreiras

(foto: arquivo pessoal, Serra do Cipó, verão, 2009)